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Muito desfalcado, Tricolor perde a primeira com Carpegiani
24 de outubro de 2010
O técnico Paulo César Carpegiani conheceu sua primeira derrota no comando do São Paulo nesta sua segunda passagem pelo clube paulista. Com quatro desfalques, o Tricolor Paulista não conseguiu vencer o Ceará, neste domingo à tarde, no Castelão, e acabou sendo derrotado por 2 a 0.
O revés interrompe uma boa séria da equipe desde a chegada de Carpegiani. Anteriormente, o São Paulo havia vencido o Vitória, Prudente e o S…(sardinhas), em um clássico eletrizante de sete gols. A derrota também não possibilitou que o Tricolor pudesse avançar na tabela de classificação do Brasileiro. O time segue com 44 pontos.
Neste domingo, Jean, Alex Silva, Richarlyson e Dagoberto, todos titulares, foram desfalques para Carpegiani. A primeira derrota no comando da equipe. Uma derrota que poderá complicar o São Paulo, mas não tirar o sonho de conquistar uma vaga na Libertadores. Faltando sete rodadas, o Tricolor buscará até o último segundo este seu principal objetivo.
RIVAL FAZ DOIS
O São Paulo entrou em campo com a escalação já anunciada. Começou até que bem, sempre apostando nas jogadas pelas laterais do campo. Aos 13 minutos de jogo, o volante Carlinhos bateu falta e Ricardo Oliveira marcou. No entanto, o árbitro Marcelo de Lima Henrique assinalou impedimento do atacante são-paulino.
Pouco depois, o Ceará abriu o placar. Aos 20, Vicente levou na linha de fundo e cruzou na cabeça de Magno Alves. No lance, o goleiro Rogério Ceni reclamou com a arbitragem alegando que a bola tinha saído. No entanto, nada foi marcado. Com o revés, Carpegiani colocou em campo Ilsinho e Renato Silva voltou para a zaga ao lado de Miranda.
Em um lance de muita sorte, Diego Sacoman acertou um chute no ângulo de Rogério e marcou o segundo de sua equipe, aos 34 minutos. Nos minutos finais, o Tricolor chegou com mais perigo no gol adversário. Ricardo Oliveira e Fernandinho por pouco não marcaram. Lamentação são-paulina na primeira etapa.
NÃO REAGIU!
O São Paulo foi o mesmo na volta do intervalo. Mas, depois, Carpegiani fez duas novas mudanças no decorrer do segundo tempo. Primeiro, o comandante são-paulino colocou em campo Zé Vitor no lugar de Diogo. Com isso, Carlinhos foi deslocado para a lateral esquerda. Depois, Marlos ficou com a vaga de Lucas.
Mesmo sem conseguir marcar o seu primeiro gol, o Tricolor arrumou sua marcação, principalmente pelas laterais do ataque rival. Além disso, Fernandinho foi um dos mais perigosos no ataque tricolor. Em duas oportunidades, no mínimo, o camisa 12 criou boas chances, porém o São Paulo não converteu em gol.
Com o forte calor em Fortaleza, o ritmo do jogo diminuiu. O Ceará já não oferecia tanto perigo a Rogério Ceni. Lá na frente, Fernandinho, Ricardo Oliveira, Marlos e Fernandão tentavam encaixar uma boa jogada. O quarteto contou também com as investidas de Ilsinho, principalmente no setor direito. Mas ficou nisso. Vitória do Ceará por 2 a 0.
REAPRESENTAÇÃO
O elenco são-paulino irá se reapresentar nesta segunda-feira à tarde, no CT da Barra Funda. O São Paulo voltará a campo pelo Campeonato Brasileiro na próxima quinta-feira, às 21h. Na Arena Barueri, o Tricolor receberá o Atlético-PR, um rival direto por uma vaga na Copa Libertadores de 2011.
O São Paulo passará por um verdadeiro teste na próxima quinta-feira contra o Atlético-PR. Pela primeira vez em 19 jogos não terá o meia Lucas no time, que cumpre suspensão pelo terceiro cartão amarelo. Sem seu ‘jogador cerebral’, a equipe do Morumbi terá que se rearranjar e aprender a se virar para continuar na briga por uma vaga na Libertadores.
Se Lucas não é considerado um camisa 10 de ofício, já mostrou que tem velocidade, técnica para driblar e se incumbiu da missão de criar as jogadas no time tricolor.
O meia é o segundo mais driblador do Campeonato Brasileiro com média de 4,2 fintas em 19 jogos. Só fica atrás do santista Neymar, que dribla em média 6,3 vezes no total de 25 jogos que disputou.
Prova da importância de Lucas para o São Paulo é que desde que entrou no time, precisou de três jogos para ser titular (Atlético-PR, Cruzeiro e Corinthians) e nunca mais saiu.
Nesse período, ele marcou dois gols: um no clássico contra o Palmeiras (triunfo de 2 a 0) e na vitória por 3 a 2 sobre o Atlético-MG. Ainda deu cinco assistências nos 28 gols que o hexacampeão brasileiro anotou.
Se o comportamento da equipe ainda é difícil de prever no próximo jogo, sua ausência já anuncia ao menos uma mudança. O técnico Paulo César Carpegiani terá que mudar o esquema com um quarteto ofensivo, composto por Lucas, Fernandinho, Dagoberto (Fernandão) e Ricardo Oliveira. A formação foi usada contra o Santos e na derrota de domingo por 2 a 0 para o Ceará.
“O Lucas pode jogar pelo lado direito, mas sem ele a gente não tem quem faça isso. Fica difícil manter o quarteto ofensivo dessa forma. Tanto ele como o Fernandinho descem pelos lados. Os outros jogadores não fazem isso”, disse Carpegiani após a partida.
Para a partida contra o Atlético-PR, por outro lado, Carpegiani terá à disposição quatro jogadores. Jean, Alex Silva e Richarlyson voltam após cumprirem suspensão contra o Ceará. Além do trio, o atacante Dagoberto também é reforço após ser vetado pelo departamento médico tricolor pelo uso de um medicamento que continha uma substância proibida.
[Fonte: UOL]
Por intermédio do goleiro Rogério Ceni, o São Paulo vai tentar ajudar o garoto Carlos Roney a conseguir as próteses para suas pernas, amputadas quando ele tinha um ano de idade por conta de uma meningite. A ideia é trazê-lo para São Paulo.
A diretoria do clube ficou comovida com a história do garoto cearense, que entrou em campo neste domingo, antes do confronto com o Ceará, nos ombros de Rogério Ceni. O capitão bateu bola com Roney, que é goleiro e se destaca ainda mais por jogar contra crianças que têm as pernas. Ele conheceu todo o elenco são-paulino.
– Foi uma emoção muito grande para mim. O Rogério me disse que eu pego muita bola – afirmou Roney.
– É muito importante ver que, mesmo com todos os problemas, ele não desistiu dos seus sonhos. Foi maravilhoso conhecê-lo – disse Ceni.
Os minutos que antecederam a partida, aliás, foram repletos de ações de solidariedade, além da homenagem aos 70 anos do Rei Pelé, completados no último sábado. Antes do bate-bola entre Rogério Ceni e Carlos Roney, a equipe cearense entrou em campo com camisetas que faziam propaganda ao banco de doadores de medula óssea.
[Fonte: Globo Esporte]